CDH debate ensino de cultura indígena e afro-brasileira nas escolas

Brasília, 12/11/15 – A Comissão de Direitos Humanos da OAB/DF participou, na última sexta-feira (6), de audiência pública sobre aplicação das leis federais 10.639/03 e 11.645/08, que determinam a obrigatoriedade de ensino sobre história e cultura indígena e afro-brasileira nos currículos escolares. O evento ocorreu no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal e reuniu representantes do movimento indígena e afro-brasileiro, além de autoridades do sistema educacional e lideranças de movimentos sociais.

A secretária-geral da CDH, Suelen de Azevedo, relatou que as lei são grandes conquistas e servirão na construção de novas relações sociais no Brasil. “A escola é o lugar de construção, não só do conhecimento, mas também da identidade, de valores, afetos, é onde o ser humano se molda de acordo com sua sociedade”, disse. Segundo ela, a OAB apoia toda tentativa de combate à discriminação. “Devemos lutar constantemente, em todas as esferas de poder, por uma educação inclusiva e com respaldo do Estado no tocante às políticas públicas e instrumentos de formação de professores, para garantir isso de forma eficaz”, concluiu.

2O membro da comissão, Alisson Lopes, afirmou que as leis são resultados da árdua luta de movimentos sociais. “É um passo fundamental para o enfrentamento do racismo no Brasil, como também na formação de gerações que conhecerão em sua plenitude a rica e diversa composição da nação brasileira”, disse. “Todos os povos formadores são importantíssimos para nossa visão de brasilidade”.

Estiveram presente o subsecretário de Igualdade Racial do DF, Victor Nunes Gonçalves; o Líder da Federação de Umbanda e Candomblé de Brasília e Entorno, Rafael Moreira; o professor e representante da Secretaria de Educação do DF, Álvaro Sebastião Teixeira; o representante do Ministério da Educação, Rodrigo Ednilson de Jesus e o deputado distrital, Reginaldo Veras.

Foto – Willian Washington Wives
Comunicação social – jornalismo
OAB/DF